Sema adota medidas emergenciais no Zoológico de Sapucaia do Sul
Após confirmação de gripe aviária, local segue fechado e Estado adota protocolos de contenção do vírus e proteção aos servidores
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Após a confirmação de que a morte de cisnes e patos registradas no Zoológico de Sapucaia do Sul, nesta semana, foram em razão da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizaram uma reunião com os servidores que atuam no parque, nesta sexta-feira (16/05) à tarde, para esclarecer os protocolos emergenciais a serem seguidos a partir de agora.
De acordo com a secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, o objetivo do encontro foi mitigar os riscos sanitários e ambientais decorrentes da presença do vírus, adotando protocolos de biossegurança para prevenção e controle da disseminação entre os animais e, também, para levar informações e promover mais segurança aos servidores.
"A adoção de medidas rigorosas de contenção e manejo é imprescindível para evitar a disseminação do vírus. Já os protocolos de seguranças marcam um momento que exigirá atenção e cuidado para garantir o bem-estar de quem trabalha no parque", ressalta a secretária.
Conforme Felipe Campos, fiscal agropecuário que representou a Seapi, o plano de ação adotado utiliza o Protocolo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que visa, entre outros, reduzir a circulação de servidores no local, além de indicar e orientar um grupo restrito de funcionários que terá contato com os animais. Também será realizada a desinfecção dos poucos veículos que precisarão acessar o local, tanto na entrada quanto na saída do parque.
Marcelo Valandro, diretor adjunto da SES, ressaltou que os trabalhadores deverão ter atenção para cumprir os protocolos ao lidar com animais doentes e com as carcaças. Ele frisou a importância de utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os pés, máscaras e macacões adequados para minimizar ainda mais as chances de contaminação humana.
“Nosso principal objetivo é evitar a contaminação de outros animais, além de evitar o contágio humano que, mesmo raro, pode ocorrer”, salientou o diretor adjunto.
O chefe da Divisão de Emergências Ambientais (Deamb), Rafael Rodrigues, falou dos procedimentos técnicos e ações para o descarte das carcaças de animais mortos, conforme previsto na Instrução Normativa Sema-Fepam nº 03, de 17 de Outubro de 2023, uma das principais ações para evitar a proliferação da influenza aviária.
Após confirmação de gripe aviária no local, o Zoológico de Sapucaia do Sul segue fechado para visitação por tempo indeterminado.
Influenza aviária
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas, mas também pode acometer humanos.
Entre os principais sintomas apresentados nas aves estão dificuldade respiratória; secreção nasal ou ocular; espirros; falta de coordenação motora; torcicolo; diarreia; e alta mortalidade.
Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
Texto: Cassiano Cavalheiro e Caroline Silveira
Edição: Vanessa Trindade